Gabriela Sales's profile

Aprender a Conhecer

Glossário

Endotoxina: toxina produzida no interior de células de microrganismos, mas que não é secretada para o meio externo.
Milli Q: Milli-Q ou Água Milli-Q é uma água deionizada que foi purificada em um sistema Milli-Q fornecido pela Millipore Corporation. Milli-Q para sistemas de purificação de água são marcas registradas pela Millipore Corporation.
Depleção: perda de elementos fundamentais do organismo, esp. água, sangue e eletrólitos (sobretudo sódio e potássio).
Percolação: em farmacognosia e ciência dos materiais, se refere a extração de componentes solúveis passando solventes por materiais porosos. 
Decocção: consiste em manter o vegetal em contato durante certo tempo com um solvente sob aquecimento.
Soxtlet: extração de substancia utilizando solventes voláteis.



Resumos das Disciplinas
Farmacotécnica

Introdução a Farmacotécnica

É um ramo da farmácia, praticada por profissionais farmacêuticos, e tem como objeto a manipulação dos princípios ativos para a fabricação de medicamentos. Nesta área estuda-se o desenvolvimento de novos produtos e sua relação com o meio biológico, técnicas de manipulação, doses, as formas farmacêuticas, as interações físicas e químicas entre os princípios ativos e entre os princípios ativos e os excipientes e veículos.
A Farmacotécnica é a área do conhecimento que estuda as formulações, a preparação,estabilidade, dispensação e eficácia das formas farmacêuticas. 
Farmácia Galênica: estuda a transformação em medicamentos dos produtos naturais (animais, vegetais e minerais), ou de síntese, tornando-os susceptíveis de serem administrados aos seres vivos com fins profiláticos, curativos ou de diagnóstico das várias doenças. Medicamentos apresentam-se sob diversas formas = “formas farmacêuticas” 
Galeno (200 – 131 a.C.) escreveu bastante sobre farmácia e medicamentos, e em suas obras se encontraram cerca de quatro centenas e meia de referências a fármacos Elaborou uma lista de remédios vegetais, conhecidos como "galênicos", a maioria dos quais era composta com vinho.
Farmácia Galênica
Termo introduzido no século XVI, que significava a “farmácia dos medicamentos complexos”, que pretendia se opor ao termo “Farmácia Química” ou ”Ramo Farmacêutico” que se ocupava da preparação de medicamentos contendo substâncias quimicamente definidas.O termo “Farmácia Galênica” representa uma homenagem ao médico-farmacêutico, Claudius Galenus, que viveu em Roma no século II de nossa era. Fixou-se em Roma no Império de Marco Aurélio a fim de controla
Formas Farmacêuticas
São também designadas por formas galênicas ou formas medicamentosas. Exemplos: pós, comprimidos,xaropes, pomadas, colírios, supositórios, etc.É o resultado de várias operações a que se submetem as substâncias medicamentosas a fim de facilitarem a sua posologia, administração, mascarar os caracteres organolépticos e assegurar a ação desejada.Compete à Farmacotécnica estudar a forma farmacêutica mais adequada e o melhor meio de se conservar os medicamentos, de modo a prolongar, na medida do possível, o seu período de utilização.
Fármaco : Todas as drogas utilizadas em farmácia e dotadas de ação farmacológica ou, pelo menos de interesse médico.
Droga : Produto simples ou complexo que poderá ser utilizado como matéria prima para o uso farmacêutico,podendo este ser de origem vegetal, mineral ou animal. Ex.: mel, cera de abelha, fenol, sulfato de cobre,beladona.
Matéria-prima: Substância ativa ou inativa que se emprega na fabricação dos medicamentos e demais produtos abrangidos pelo regulamento técnico de boas práticas de manipulação da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), tanto a que permanece inalterada, quanto a passível de modificações. 
B.P.M. (Boas Práticas de Manipulação): as BPM estabelecem requisitos gerais para a aquisição de drogas, insumos farmacêuticos e materiais de embalagem, o armazenamento, a manipulação, a conservação, o transporte, a dispensação de fórmulas magistrais e oficinais, a aditivação e/ou fracionamento de produtos industrializados. 
Farmácia de manipulação: estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e oficinais de comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, compreendendo dispensação e atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência médica. Manipulação: conjunto de operações com finalidade de elaborar formulações magistrais e oficinais.
Classificação dos Medicamentos : Como se sabe a palavra medicamento indica uma droga ou uma preparação com drogas de ação farmacológica benéfica, quando utilizada de acordo com suas indicações e propriedades.
Medicamento Simples:aqueles preparados a partir de 1 único fármaco. Ex.: xarope de vitamina C.
Medicamento Composto:são aqueles preparados a partir de vários fármacos.Ex:Comprimido de Ácido Salicílico + Cafeína.
Medicamento de Uso Externo :são aqueles aplicáveis na superfície do corpo ou nas mucosas facilmente acessíveis ao exterior. Ex.: Cremes de Calêndula.
Medicamentos de Uso Interno:são aqueles que se destinam à administração no interior do organismo por via bucal e pelas cavidades naturais (vagina, nariz, ânus, ouvido, olhos, etc.). 
Medicamentos Oficiais:são aqueles oficializados nas monografias presentes nas Farmacopéias.
Medicamentos Oficinais:são aqueles preparados na própria farmácia, de acordo com normas e doses estabelecidas por Farmacopéias ou formulários e com uma designação uniforme. Ex.: Tintura de Iodo.
Medicamentos Especializados de Especialidades Farmacêuticas:são medicamentos de fórmula conhecida,de ação terapêutica comprovável, em forma farmacêutica estável, embalado de modo uniforme e comercializado com um nome convencional. A especialidade farmacêutica é industrializada e sua fabricação obedece a regulamento de natureza governamental. Ex.: Comprimidos de Aspirina.
Medicamento Magistral:são aqueles medicamentos prescritos pelo médico e preparados para cada caso,com indicação de composição qualitativa e quantitativa, da forma farmacêutica e da maneira de administração.
Medicamento Placebo:são substâncias ou preparações inativas administradas para satisfazer a necessidade psicológica do paciente de tomar drogas.
Medicamentos Alopáticos:são aqueles que tratam as doenças produzindo uma condição de antagonistas;incompatíveis com o estado patológico a ser tratado. “Cura provocando uma ação diferente no corpo”.
Medicamentos Homeopáticos:são aqueles que promovem uma condição semelhante com o estado patológico a ser tratado. “Tratam o indivíduo, e não a doença em primeiro lugar.”
Cálculos Farmacêuticos

O profissional farmacêutico utiliza cálculos em quase todas as áreas de atuação, a aula foi sobre calulos farmacêutico.
Na farmácia de manipulação são realizados cálculos em todos os processos, que envolve desde a quantidade de matéria-prima a ser adquirida, o cálculo do preço da formulação, o estoque, os fatores de correção e diluição que muitas substâncias têm, além de todos os cálculos envolvidos no preparo e controle de qualidade dos produtos finais. Qualquer desvio ou erro nestes processos podem ocasionar prejuízos à empresa, ao consumidor ou ambos.
Realizamos exercício resolvendo vários cálculos farmacêuticos.
Farmácia Hospitalar
Introdução a Farmácia Hospitalar

A Farmácia Hospitalar é um órgão de abrangência assistencial técnico-científica e administrativa, onde se desenvolvem atividades ligadas à produção, armazenamento, controle,dispensação e distribuição de medicamentos, bem como, de correlatos às unidades hospitalares. É igualmente responsável pela orientação de pacientes ambulatoriais, visando sempre à eficácia da terapêutica, alem da redução dos custos, voltando também para o ensino e a pesquisa, propiciando assim um vasto campo de aprimoramento profissional.
A principal razão de ser da Farmácia é servir ao paciente objetivando dispensar medicamentos seguros e oportunos. Sua missão compreende tudo o que se refere ao medicamento desde sua seleção até sua dispensação, velando a todo o momento por sua adequada utilização no plano assistencial, econômico, investigativo e docente. O farmacêutico tem, portanto, uma importante função clínica, administrativa e de pesquisa. 
A farmácia hospitalar necessita, para o desenvolvimento de suas atribuições, de uma estrutura física e organizacional para cumprimento de pressupostos técnicos, sendo esta uma demanda crescente.
A palavra hospital deriva do latim hospitalis, que se refere a um convidado, hóspede.
Historicamente, os hospitais tinham por missão as funções a caridade para refúgio, pensão ou instituição dos necessitados, idosos e enfermos, pouco tendo a oferecer além de atenção e serviços de enfermagem, permanecendo tal situação até o início do século XX.
Até o século XVIII, a principal função do hospital era separar e excluir os mais pobres e enfermos da sociedade, minorando possíveis riscos sociais e epidemiológicos, não se separando os doentes dos loucos, prostitutas, etc, não havendo, portanto, a função médica 
Com a expansão do conhecimento médico e serviços de diagnóstico e tratamento, os hospitais passam a ser centros especializados para o tratamento da comunidade, contando com uma equipe de profissionais de saúde.
O hospital se constitui em um centro de serviços onde são despendidos esforços técnicos, de pesquisa e de gestão, realizados por diferentes tipos de profissionais. Desta forma, a gestão de tais instituições possuem papel fundamental, cabendo a esta a
disponibilização de recursos materiais, físicos e humanos, distribuindo-os adequadamente,coordenando ações e resultados. 


Controle de Qualidade Microbiológico
Análise microbiológica da Água

Investigar a presença de microorganismo potencialmente patogênico em concentrações que comprometem a qualidade do produto a qual se destina, mesmo com níveis muito baixos de nutriente pode permitir o crescimento microbiano.

Pseudomonas
- Infecções T.U
-Meningite

Mycobacterium
-Doença pulmonar
-Endocardite
-Otite
-Bacteremia
-Endocardite

Vibrio
-Cólera
-Gastroenterite


Nocardia 
-Doença pulmonar
-Abcessos

Muito usado o teste LAL  método LAL (Lisado de amebócitos de Limulus) substituiu o ensaio de pirogênios que se realizava utilizando coelhos,tanto em experiências que ocorrem em pesquisas, como na indústria farmacêutica, alimentícia e outras, quando se quer comprovar o conteúdo de endotoxinas que existe em uma amostra. As endotoxinas bacterianas recebem este nome por serem substâncias que formam parte da parede 
celular das bactérias Gram-negativas que causam toxicidade nos humanos e em muitos animais. Como veremos neste artigo, existem varias razões pelas quais o método de LAL é utilizado para a detecção de endotoxinas bacterianas, preferencialmente ao método com coelhos.

Análise Microbiológica da Água (Produto e Processo)

Purificada->Osmose Reversa(Isenta de m.o e -íons)
                ->Destilada(Não possui m.o nem íons)
                ->Deionizada(Tenho m.o e isenta de íons)
Para controle microbiológico, para que ão fique restos de m.o(endotoxinas) faz-se o teste LAL que detecta se existe m.o e se ele esta vivo ou morto, pois essas endotoxinas aumentam a temperatura corporal.Teste LAL positivo forma um gel,negativo não forma.
Tipos de Água:
Altamente purificada:usadas na produção de otológicos, nasais.
Água ultrapurificada:seu sistema de abastecimento é alimentado por água destilada possuindo um alto grau de pureza, pois na água destilada possui gases que são retiraos pelo filtro(membrana)por serem insolúveis.Equipamento usado Milli-Q.
Água para injetáveis:estéril, isenta de m.o, mas pode ter endotoxinas, possuindo assim m.o não patogênico.
Água bacteriostática:impede o desenvolvimento de m.o por possuir agentes conservantes.
Água para inalação:usada em dispositivos de uso resiratório.
Irrigação:uasda somente para lavagem de feriadas abertas


Boas Práticas na Fabricação de Medicamentos
Características Fundamentais e Legislação

A garantia da qualidade visa garantir que os produtos de uma indústria de medicamentos estejam dentro dos padrões de qualidade exigidos para que possam ser utilizados no consumo da população e,para isso, deve cumprir com todas as normas técnicas, as legislações vigentes, os guias internacionais de qualidade etc.
As boas práticas de fabricação são o conjunto de normas mínimas para fabricação de medicamentos e tem por objetivoexpor os padrões legais e vigentes que a indústria deve atender.
Legislaçã relacionada as boas práticas:
Portaria 1.054/1998 do MS-Estabelece normas de concessão de Autorização de Funcionamento para empresas que exerçam transporte de produtos farmacêutico e farmacoquímicos.
Portaria 802/1998-Institui o sistema de Controle e Fiscalização em toda cadeia dos produtos farmacêuticos.
RDC 329/1999-Institui o roteiro de inspeção para transportadoras de produtos farmacêuticos e farmoquimícos com finalidade de garantir maior controle sanitário de produtos farmacêuticos.
RDC 55/2005-Notificação de desvio de qualidade de medicamento.
RDC 249/2005-Regulamento técnico da boas praticas de fabricação para produtos intermediários e insumos farmacêuticos.
RDC 204/2006-Regulamento técnico das boas praticas de distribuição e fracionamento de insumos farmacêuticos.
RDC 25/2007-Dispõe sobre a terceirização de etapas de produção de  análise de controle de qualidade e de armazenamento de medicamentos.
RDC nº67/2007 – Regulamento técnico das Boas Práticas de Manipulação em Farmácias.
RDC nº 69/2008 – Dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação de Gases Medicinais
RDC nº63/2009 – Dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação de Radiofármacos.
RDC nº 10/2011 – Dispõe sobre a garantia da qualidade de medicamentos importados. 
RDC nº14/2013 – Dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação de Insumos Farmacêuticos Ativos de Origem Vegetal.
Fundamentação Legal Básica: RDC nº17, de 16 de abril de 2010 
Aprova o Regulamento técnico das Boas Práticas para Fabricação de Medicamentos
Características fundamentais dos medicamentos.
Eficácia-Alcance do objetivo terapêutico do medicamento relacionado à correta concentração do fármaco na formulação, distribuição uniforme do mesmo.
Segurança-Não só relacionada à janela terapêutica, mas garantindo a isenção de contaminação por partícula, por produto ou microbiológica.
Qualidade-Atender as boas práticas de fabricação.


Desvio de Qualidade

É o afastamento dos parâmetros de qualidade estabelecidos para um produto ou processo.(RDC 17/2010)
Síntese química da matéria-prima-Fabricação-Transporte-Armazenamento-Utilização pelo consumidor.
Desvios de Qualidade:
Alterações organolépticas
-Mudanças de coloração
-Mudanças de odor
-Mudanças de sabor
-Turbidez
Alterações físico-químicas
-Precipitação
-Dificuldades de solubilização (pó para suspensão)
-Dificuldades de homogeneização (suspensões,emulsões)
-Problemas de desintegração e dissolução
-Formação de gases
-Fotosensibilidade e Termosensibilidade
Alterações gerais
-Partículas estranhas
-Falta de informações no rótulo
-Rótulo com pouca adesividade ao material de embalagem
-Problemas de registro
-Troca de rótulo ou de conteúdo
-Rachaduras e bolhas no material de acondicionamento

Inefetividade Terapêutica

-Uso de medicamentos vencidos, inclusive pelo não consumo após aberto (colírios, xaropes...)
-Perda de potência por má armazenagem
-Indicação, dose ou via de administração incorreta (ex:erros na leitura da prescrição)
-Preparo, misturas e diluições indevidas
-Interações medicamentosas (medicamentos, alimentos)
-Não adesão ao tratamento

Notificações prioritárias:

-Medicamentos utilizados para tratamento de doenças graves ou que ameaçam a vida
-Vacinas
-Contraceptivos
-Outros medicamentos com perda da eficácia, com evidência de desvio da qualidade
-Medicamentos injetáveis

Outras possíveis causas:
Inefetividade terapêutica,variabilidade genética,alterações,farmacocinéticas,interação medicamentosa

Farmacognosia

Introdução a Farmacognosia

O termo farmacognosia foi utilizado pela primeira vez em 1811 pelo médico austríaco Schmidt e provém do grego phámakon(fármaco)e gnosis(conhecimento).Trata-se do ramo mais antigo das ciências farmacêuticas e tem como alvo de investigação os princípios ativos naturais, sejam eles animais ou vegetais.
O planejamento dos fitoterápicos fazem parte os estudos etnofarmacológicos,agronômicos,botânicos,fitoquimícos,biológicos,substancia ativa isoladas e frações ativas.
A pesquisa farmcognosica possui uma sequencia de etapas:
Solo- A constituição do solo é importante para a presença ou a produção em maior quantidade de principio ativo na planta
Temperatura- É importante para nascer,crescer e se reproduzir e produzir os princípios ativos desejados.
Umidade- Serve para transporte de alimentos, porém permite um maior ataque de m.o.
pH-Determinadas variações de pH infuenciam na produçao de principio ativo e melhor crescimento da espécie.
As atividades farmacológicas são anti-inflamatória,imuno modulador, anti-radicais livres, inseticida,sedativa,hepatoprotetora.

Técnicas usadas para isolar e retirar o principio ativo desejado:

Percolação:extração exaustiva da substancia ativa.
Maceração:extração do material vegetal em um recipiente fechado a temperaturaambiente por um período prolongado,sob agitação ocasional.
Infusão:extração se dá pela permanência durante certo tempo da substancia ser extraída em água fervente em um recipiente fechado.
Decocção:consiste em manter o vegetal em contato durante certo tempo com um solvente sob aquecimento.
Soxtlet:estração de substancia utilizando solventes voláteis.

Metabolismo Secundário

O metabolismo é o conjunto de reações químicas que continuamente ocorrem em cada célula vegetal. A presença de enzimas específicas garante certa direção a essas reações, denominadas rotas metabólicas. As reações enzimáticas podem ser do tipo anabólico, catabólica e biotransformação. As rotas metabólicas visam primariamente a obtenção de nutrientes para a necessidade da célula, como energia (ATP), poder redutor (NADPH) e biossíntese de compostos essenciais à sua sobrevivência (macromoléculas, como carboidratos, lipídios e proteínas). Os processos essenciais à vida e comuns nos vegetais são denominados de metabolismo primário, que se caracteriza por grande produção, distribuição universal e com funções essenciais. O metabolismo secundário caracteriza-se pela biossíntese de micromoléculas com diversidade e complexidade estrutural, produção em pequena escala, distribuição restrita e especificidade, tendo papel adaptativo ao meio, defesa contra herbívoros e microrganismos, proteção contra raios UV, atração de polinizadores, atração de animais dispersores de sementes. 
Os metabólitos secundários por serem fatores de interação entre organismos, frequentemente apresentam atividades biológicas interessantes, sendo de grande interesse para o estudo de substâncias oriundas de espécies vegetais.
A produção de metabólitos secundários é resultado de complexas interações entre biossíntese, transporte, estocagem e degradação. É influenciado por hereditariedade, ontogenia (estágio de desenvolvimento) e ambiente. Em várias espécies vegetais, o local de biossíntese se restringe a um órgão, enquanto que os produtos são acumulados em toda planta ou em órgãos diferentes, por meio de um sistema de transporte intercelular. 
A origem dos metabólitos secundários é o metabolismo da glicose, por meio da via de dois metabólitos principais, o ácido chiquímico e o acetato. O ácido chiquímico origina os aminoácidos aromáticos, precursores da maioria dos metabólitos secundários aromáticos. Outros metabólitos derivam de ambos os intermediários, como as antraquinonas, dos flavonoides e dos taninos condensados. Os metabólitos derivados da via do acetato, como os alcaloides, terpenoides, esteroides e ácidos graxos. Os metabólitos secundários podem ser encontrados na forma livre, denominados agliconas ou estar ligados a uma ou mais unidades de açúcar, formando os heterosídeos. 
EUSTÁQUIO, Lazáro Pereira. Metabolismo secundário das plantas: Metabolismo secundário das plantas. 01. 2015. Disponível em: <http://www.oleosessenciais.org/metabolismo-secundario-das-plantas/>. Acesso em: 02 set. 2018.

Química Farmacêutica

Introdução a Química Farmacêutica

A criação de um novo medicamento requer um processo longo e rigoroso, e muitos sequer chegam aos pacientes. Em nossa busca por novos medicamentos, a principal preocupação é a segurança do paciente.
Grupo farmacofórico é o conjunto de características eletrônicas e estéricas que caracterizam um ou mais grupos funcionais ou subunidades estruturais, necessários ao melhor reconhecimento molecular pelo receptor e, portanto, para o efeito farmacológico desejado. Farmacóforo não é uma molécula real, nem associações de grupos funcionais; ao contrário, é um conceito abstrato que representa as diferentes capacidades de interações moleculares de um grupo de compostos com o sítio receptor. O farmacóforo pode ser considerado como a “parte” molecular do fármaco essencial à atividade desejada, que se modificado pode reduzir ou eliminar a atividade farmacológica do fármaco. 
Realizam-se os testes pré-clínicos – entendendo como um composto atua e quais são seus efeitos,nesta fase, nossos pesquisadores realizam investigações mais detalhadas nos compostos escolhidos previamente. Através de testes com células vivas, bactérias ou culturas de tecidos em laboratório, ou em animais, os cientistas podem entender como compostos agem.
Se este trabalho pré-clínico for bem sucedido, o composto será considerado apto para testes em seres humanos.
Ensaios clínicos – realizando testes em seres humanos
Antes do início de qualquer pesquisa individual, um plano de desenvolvimento feito pela empresa define quais os tipos de pesquisa são necessários para aquele determinado composto ser avaliado como eficaz e seguro.
Os pró-fármacos são fármacos em sua forma inativa ou substancialmente menos ativas que quando administrados, sofrerão uma biotransformação in vivo, passando a produzir metabólitos ativos. Estes podem melhorar a absorção ou a ação. Exemplo: Pivampicilina (pró-farmaco) versus ampicilina (fármaco).
Devido à menor polaridade, a pivampicilina é mais facilmente absorvida no intestino. É posteriormente convertida em ampicilina, no sangue, pela enzima esterase.
Segue-se então:
-Caracterização do insumo farmacêutico
-Desenvolvimento da formulação
-Caracterização do produto terminado
-Produção do produto terminado
-Controle de qualidade da matéria prima
-Controle de qualidade do produto terminado
-Desenvolvimento de embalagens
-Envoltório intermediário
-Acessórios que acompanham o medicamento
-Estudos de estabilidade do produto terminado
Os principais problemas relacionados à fase farmacocinética são:
Absorção incompleta do fármaco através das membranas biológicas, tais como células da mucosa gastrintestinal.
Biodisponibilidade sistêmica incompleta do fármaco devido ao metabolismo pré-sistêmico;
Absorção ou excreção muito rápidas do fármaco, quando são desejáveis longos períodos de ação.
Toxicidade relacionada à irritação local ou à distribuição em outros tecidos.
É na fase farmacêutica que se observam os principais problemas farmacotécnicos, tais como falta de solubilidade adequada, comprometendo a dissolução, passo determinante na ação do fármaco e estreitamente ligado à biodisponibilidade. Outros problemas identificados consistem em falta de estabilidade das formulações e propriedades organolépticas indesejáveis das mesmas. 
Problemas dessas duas fases podem ser, convenientemente, solucionados com o emprego da latenciação, ainda que esse não seja o único meio de se conseguir o aprimoramento da ação dos fármacos. A latenciação é o período onde se tem a obtenção de pró-fármacos onde há a conversão de um composto ativo em forma de transporte inativa.


Bioquímica Clínica
Introdução a Bioquímica Clínica
A bioquímica clínica, também conhecida como química clinica ou química fisiológica ou patológica, consiste em uma ciência que medeia a química e a patologia, responsável por investigar materiais orgânicos, como sangue e urina, em que seus resultados refletem alterações metabólicas responsáveis pelo desenvolvimento de doenças.
Estabelecer valores de referência bioquímicos em amostras orgânicas é de suma importância, pois eles servirão como parâmetros para avaliar as alterações funcionais do indivíduo, e com isso contribuir com o clínico diminuindo suas incertezas e  propiciando a conduta mais adequada de tratamento e predição de prognóstico.
A bioquímica clínica propicia a análise de amostras como urina, sangue, líquor, sêmen, líquidos pleurais, sinovial, ascítico, secreções em geral em que se pode mensurar valores de analitos importantes para controle e manutenção da homeostasia orgânica.
Múltiplos exames estão inseridos no campo da bioquímica clínica, tais como, avaliação de proteínas, aminoácidos, enzimas, lipídeos, minerais, eletrólitos, aspectos bioquímicos da hematologia, como o ferro sérico, hormônios, marcadores tumorais, líquidos orgânicos, substâncias do sistema hepatobiliar, dentre outros analitos, que podem ser analisados quantitativamente e/ou qualitativamente.
Muitos diagnósticos só podem ser estabelecidos, as etiologias confirmadas ou a terapia apropriada selecionada, com o emprego dessas análises, daí a importância de racionalizar exames diagnósticos apropriados.
Na maioria das mensurações laboratoriais, os resultados variam de um laboratório para outro, o usuário deve portanto, conhecer quais os adotados para cada um, assim como deve estar atento às variações por idade, sexo, altura, estado fisiológico (ex: gravidez, lactação) que se aplicam ao paciente em particular.
Atualmente, as investigações bioquímicas estão presentes em todos os ramos da medicina e fortemente inseridas nas relações médico-paciente. Isso se deve principalmente, as informações sobre exames e doenças que são extensamente atualizadas, incluindo novas tecnologias como anticorpos monoclonais, reação em cadeia da polimerase, citometria de fluxo, dentre outras técnicas modernas que melhoram a precisão e a capacidade diagnóstica.
Imunologia Clínica
Introdução a Imunologia Clínica
A Imunologia surgiu como um ramo da microbiologia e ganhou espaço com os estudos das doenças infecciosas e suas respectivas respostas. A nossa capacidade de coexistir com diversos microorganismos de nosso ambiente depende de um conjunto de fatores, e um destes fatores é o Sistema Imune.
O Sistema Imune é um conjunto de células de defesa e/ou ataque eficaz que tem a capacidade de distinguir o que trás perigo para o organismo e protegê-lo contra estes patógenos oportunistas. Esta distinção ocorre por uma comunicação através de sinais mediados por citocinas e receptores. As células do sistema imune estão distribuídas por todo organismo, sendo encontradas alojadas nos tecidos desempenhando o papel de sentinela e circulando por vasos sangüíneos e linfáticos esperando o sinal de que o organismo foi invadido.
A Imunologia Clínica tem o papel de investigar e orientar o clínico no diagnóstico das patogenicidades através de resultados de exames laboratoriais. O clínico precisa conhecer as estratégias traçadas pelo Sistema Imune para controlar e/ou eliminar os diferentes patógenos, além de saber as estratégias de evasão utilizadas pelos patógenos para driblar a defesa e o ataque do Sistema Imune.
Obviamente, do ponto de vista imunológico, um determinado agente infeccioso não precisa se restringir a uma única estratégia patogênica, de modo que a resposta imune eficiente contra o determinado microorganismo pode incluir diversos mecanismos.
Nutrição Clínica
Introdução a Nutrição Clínica
A nutrição clínica é uma área de atuação que acontece em uma unidade de saúde. Onde os  profissionais são responsáveis pelo gerenciamento do balanço energético dos pacientes, ou seja, pela garantia de que receberão quantidades suficientes de fluidos e nutrientes de acordo com as necessidades específicas de seu quadro de saúde apresentado pelo médico.
A desnutrição relacionada à doença é um problema sério no mundo inteiro, tanto em países desenvolvidos quanto emergentes, e crescente na América Latina. Estima-se que o percentual de desnutrição pós internação no total de pacientes é de cerca de 30% na Europa, 36% na China, 40% nos Estados Unidos e 50% em toda a América Latina.

Para combater a desnutrição em hospitais e suas consequências no quadro de saúde doa pacientes, tais como má cicatrização de feridas, infecções, complicações e falência múltipla de órgãos, entre outras, é preciso identificar o estado nutricional de cada um dos pacientes dentro da unidade de saúde e iniciar ação imediata de tratamento clínico eficiente sobre o estado nutricional comprometido nos pacientes em grupos de riscos nutricionais.

Dentro do bom cuidado nutricional, podemos citar algumas etapas essenciais:

- Avaliação da condição nutricional do paciente
- Avaliação completa das necessidades e exigências do paciente
- Desenvolvimento de estratégia nutricional
- Cálculo adequado de necessidades de energia e nutrientes
- Decisão da via de administração
- Monitoramento rigoroso da terapia nutricional
- Adaptação para uma nova condição clínica: calorias, tipo de nutrição, via de administração

Estudos clínicos mostraram que a nutrição clínica efetiva melhora o resultado dos pacientes da seguinte maneira:

- Melhorando a cicatrização de feridas
- Reduzindo a incidência de complicações
- Baixando a taxa de infecções
- Reduzindo a duração de ventilação mecânica
- Reduzindo o tempo de internação hospitalar
- Elevando a mobilização e convalescência
- Elevando a taxa de sobrevivência
- Melhorando a qualidade de vida

Além disso, a Nutrição Clínica traz benefícios inclusive econômicos para a saúde pública, já que os pacientes bem nutridos respondem mais rapidamente aos seus tratamentos, levando a internações hospitalares mais curtas e menos reinternações, e por consequência, reduzindo o uso de recursos de saúde e seus custos.
Economia e Administração Farmacêutica
Introdução a Economia
Economia Farmacêutica

A economia farmacêutica estuda aspectos econômicos, nos campos da Farmácia, e aplica-os ao desenvolvimento e estudo da economia médica e aos impactos dos medicamentos no custo de saúde. A economia farmacêutica também inclui considerações econômicas do sistema de
distribuição da assistência farmacêutica e da prescrição dos remédios, especialmente quanto ao custo/ benefício. 

 Economia da saúde

A relação entre economia e saúde é, por vezes, conflituosa, pois cada setor entende de modo diferente a assistência à saúde. As profissões da área de saúde tendem a seguir a premissa de que saúde não tem preço e qualquer esforço deve ser feito para salvar uma vida. Já as profissões da área econômica valorizam a ética social e o bem comum.
Ambos os grupos divergem basicamente sobre a utilização dos recursos e na gestão eficiente dos serviços de saúde. No Brasil, quase não há profissionais que tenham formação nas duas áreas; porém, na Europa, profissionais que possuem formação nessa interface economia-saúde contribuem sobremaneira com o planejamento e a administração dos serviços de saúde.

Formas de financiamento dos gastos com saúde

Os sistemas de saúde tidos como universais, que cobrem a totalidade da população (caso do Brasil),são financiados com recursos dos impostos, já que é uma atribuição geral do Estado. Esse sistema é conhecido como unificado, pois possui uma única fonte de financiamento centralizada, ainda que a execução e administração sejam regionalizadas.
Os recursos destinados à saúde são alocados em fundos de saúde, que são como um banco único que financia os programas do ministério. Esses recursos podem ser enviados do governo federal para os governos regionais (estados e municípios) e formam outros fundos unificados.
A maioria dos sistemas de saúde universais é financiada com recursos fiscais e impostos sobre a folha de pagamento e salários. Este é o caso do Brasil e de alguns países europeus, já em Cuba e em alguns países do Leste Europeu, o sistema de saúde universal e unificado funciona com menos flexibilidade de financiamentos.
Os sistemas de saúde que são administrados de forma muita rígida sofrem com a impossibilidade de reduzir gastos ou melhorar a qualidade e cobertura dos produtos e serviços sem aumentar as despesas. Dessa forma, alguns países europeus iniciaram reformas nos sistemas de saúde, a fim de
introduzir mecanismos que estimulem a concorrência para aumentar a eficiência sem que diminua a qualidade dos serviços prestados aos cidadãos. Quando um país passa por uma crise de arrecadação de impostos, há sempre introduções e modificações nos sistemas de saúde universais e unificados,melhorando a flexibilidade de gestão e de financiamentos, além de estratégias de coberturas. Algumas dessas modificações são as introduções de várias formas de coberturas e financiamentos dos sistemas
de saúde, por exemplo:
•a população de baixa renda terá um sistema de atenção médica gratuita, financiado com impostos.
Os serviços podem ser prestados pelo sistema público ou privado, tendo sempre uma cobertura mínima e de qualidade que será fiscalizada por algum órgão público regulamentador;
•aos trabalhadores formais, o sistema de saúde é baseado em impostos sobre a folha de pagamento.
Os serviços devem garantir patamares mínimos de cobertura segundo níveis de renda;
•as pessoas com renda mais alta possuem um sistema de saúde baseado em desembolso direto de recursos, em planos de saúde complementares, seguro-saúde ou em outras estratégias, abatidas do imposto de renda.

Economia Setorial Farmacêutica

A indústria intensiva é intensiva em pesquisa e, ao longo de sua história, apresentou ritmo acelerado
de inovações implementadas por empresas em estreita relação com outras instituições.
O lançamento de produtos novos ou melhorados constitui elemento central no padrão de competição
da indústria, possibilitado pela inovação tecnológica, exigindo elevados investimentos em pesquisa e desenvolvimento, e conta, ainda, com amplo respaldo do sistema internacional de propriedade intelectual e expressivo gasto em marketing e propaganda.
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